BIOMOL LCS/2010:Caso2.1: Difference between revisions
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Parte 2. Armazenamento e transmissão da informação
Caso de Estudo 2 – Golpe de sorte
Em Agosto de 1994, C.M. resolveu tornar-se dador de sangue. Na avaliação médica de rotina, tudo parecia ter corrido bem, mas daí a uns dias, a notíca caíu como uma bomba: os exames laboratoriais indicavam que estava infectado com HIV-1.
O choque inicial foi grande. Como a contagem de linfócitos T CD4+ apresentava valores baixos, determinantes para o diagnóstico de SIDA, havia indicação para iniciar a terapia com AZT.
Felizmente C.M. pode contar com o apoio de uma família bem informada e começar a sua luta sem o estigma da discriminação. Foi preciso mais coragem para dar a notícia à namorada, com quem já vivia junto há vários meses. Juntos conseguiram encontrar uma maneira de lidar com o problema, aliviados pela descoberta de que A. não estava aparentemente contaminada.
C.M. passou a ser monitorizado de 6 em 6 meses, fazendo a contagem das células CD4+, no sangue periférico. A terapia parecia estar a ser eficaz, e a vida começou a correr com mais normalidade outra vez.
Em 1996 passou a ser tecnicamente possível determinar por rotina a carga viral no plasma. E foi aí que C.M. ouviu outra vez más notícias da boca do seu novo médico.
“Tenho aqui a sua história clínica e os resultados dos novos exames. Infelizmente, e apesar dos níveis de células CD4+ se terem mantido estáveis no último ano, a verdade é que o AZT parece ter deixado de funcionar. Felizmente, temos como alternativa as novas terapias combinadas, que vamos começar de imediato.”
C.M. começou de imediato a terapia HAART (highly active anti-retroviral therapy) e os resultados foram verdadeiramente positivos, até que a sorte mudou mais uma vez. Dois anos depois do início da nova terapêutica, a carga vírica voltou a subir. Quando viu as análises, C.M. nem queria acreditar. E agora?
“É aqui que isto acaba?”, perguntou desanimado ao seu médico.