BIOMOL LCS/2010:Caso2.1: Difference between revisions

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Felizmente, o arsenal de medicamentos disponível cresceu significativamente nos últimos anos. Após genotipagem do vírus, a terapêutica de C.M. foi alterada, passando a incluir um inibidor da protease e inibidores da transcritase reversa contra os quais o vírus não apresentava resistência.
 
===Continuação===
 
Felizmente, o arsenal de medicamentos disponível contra o HIV cresceu muito nos últimos anos, graças ao avanço dos conhecimentos sobre a biologia molecular do vírus. Após genotipagem do vírus, a terapêutica de C.M. foi alterada, passando a incluir um inibidor da protease e inibidores da transcritase reversa contra os quais o vírus não apresentava resistência.


C.M. passou mais dois anos com as análises a indicarem virémias indetectáveis, até que foi novamente surpreendido pelo seu médico na consulta de rotina:
C.M. passou mais dois anos com as análises a indicarem virémias indetectáveis, até que foi novamente surpreendido pelo seu médico na consulta de rotina:


<b>"Lamento muito, mas as suas análises indicam que desenvolveu um linfoma..."</b>
<b>"Lamento muito, mas as suas análises indicam que desenvolveu um linfoma..."</b>
Mas existirá alguém com mais azar neste mundo do que eu, pensou C.M.?




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Parte 2. Armazenamento e transmissão da informação

Caso de Estudo 2 – Golpe de sorte

Em Agosto de 1994, C.M. resolveu tornar-se dador de sangue. Na avaliação médica de rotina, tudo parecia ter corrido bem, mas daí a uns dias, a notíca caíu como uma bomba: os exames laboratoriais indicavam que estava infectado com HIV-1.

O choque inicial foi grande. Como a contagem de linfócitos T CD4+ apresentava valores baixos, determinantes para o diagnóstico de SIDA, havia indicação para iniciar a terapia com AZT.

Felizmente C.M. pode contar com o apoio de uma família bem informada e começar a sua luta sem o estigma da discriminação. Foi preciso mais coragem para dar a notícia à namorada, com quem já vivia junto há vários meses. Juntos conseguiram encontrar uma maneira de lidar com o problema, aliviados pela descoberta de que A. não estava aparentemente contaminada.

C.M. passou a ser monitorizado de 6 em 6 meses, fazendo a contagem das células CD4+, no sangue periférico. A terapia parecia estar a ser eficaz, e a vida começou a correr com mais normalidade outra vez.

Em 1996 passou a ser tecnicamente possível determinar por rotina a carga viral no plasma. E foi aí que C.M. ouviu outra vez más notícias da boca do seu novo médico.

“Tenho aqui a sua história clínica e os resultados dos novos exames. Infelizmente, e apesar dos níveis de células CD4+ se terem mantido estáveis no último ano, a verdade é que o AZT parece ter deixado de funcionar. Felizmente, temos como alternativa as novas terapias combinadas, que vamos começar de imediato.”

C.M. começou de imediato a terapia HAART (highly active anti-retroviral therapy) e os resultados foram verdadeiramente positivos, até que a sorte mudou mais uma vez. Dois anos depois do início da nova terapêutica, a carga vírica voltou a subir. Quando viu as análises, C.M. nem queria acreditar. E agora?

“É aqui que isto acaba?”, perguntou desanimado ao seu médico.


Continuação

Felizmente, o arsenal de medicamentos disponível contra o HIV cresceu muito nos últimos anos, graças ao avanço dos conhecimentos sobre a biologia molecular do vírus. Após genotipagem do vírus, a terapêutica de C.M. foi alterada, passando a incluir um inibidor da protease e inibidores da transcritase reversa contra os quais o vírus não apresentava resistência.

C.M. passou mais dois anos com as análises a indicarem virémias indetectáveis, até que foi novamente surpreendido pelo seu médico na consulta de rotina:

"Lamento muito, mas as suas análises indicam que desenvolveu um linfoma..."


Mas existirá alguém com mais azar neste mundo do que eu, pensou C.M.?