User:Filipa Ribeiro C. Lucas/Notebook/Filipa Lucas/2010/05/18: Difference between revisions

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(Projecto de investigação)
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'''Introdução:'''
'''Introdução:'''


A hemofilia é uma perturbação hemorrágica causada pelo défice de um dos factores da coagulação do sangue.  
A transformação genética apoia-se na tecnologia do DNA recombinante que consiste na tecnologia de corte e costura de ácidos nucleicos utilizando enzimas de restrição e ligases. A obtenção de células modificadas faz-se através da incorporação e expressão de genes de um modo estável nas células-alvo.  
hemofilia A (hemofilia clássica), que compreende 80 % de todos os casos, é um défice do factor da coagulação VIII. A hemofilia B (doença de Christmas) é um défice do factor de coagulação IX. Os padrões de hemorragia e as consequências destes tipos de hemofilia são semelhantes. Ambos são herdados da mãe (herança ligada ao sexo), mas afectam quase exclusivamente os rapazes.
As enzimas de restrição são ferramentas base na tecnologia do DNA recombinante. A engenharia genética de plantas pressupõe i) a transformação genética e ii) a existência de um sistema de regeneração in vitro da célula modificada para obtenção de uma nova planta.
Sintomas: A hemofilia é causada por diferentes anomalias genéticas. A gravidade dos sintomas depende da maneira como uma determinada anomalia genética afecta a actividade dos factores VIII e IX. Quando a actividade desce abaixo de 1 % do normal, verificam-se episódios de graves hemorragias que se repetem sem razão aparente.  
A engenharia genética, que visa contribuir para o aumento da diversidade genética, mas de um modo muito dirigido, envolve a transferência de genes previamente seleccionados de um organismo para outro.
O conhecimento deste processo levou os melhoradores a tirarem partido dele, dando origem à tecnologia mais frequente para a obtenção de plantas transgénicas, ou organismos geneticamente modificados (OGMs).  


As pessoas com uma actividade de coagulação de 5 % da normal costumam sofrer apenas de leve hemofilia. Os seus episódios de hemorragia não provocada são muito pouco frequentes, embora a cirurgia ou as feridas possam ocasionar uma hemorragia incontrolável, que pode ser mortal. A hemofilia mais leve por vezes não se diagnostica, embora algumas pessoas com uma actividade de coagulação que oscila entre os 10 % e os 25 % da normal possam sofrer uma hemorragia excessiva depois de uma operação, de uma extracção dentária ou de uma ferida importante.  
Plantas transgénicas são as plantas que contêm genes de outras plantas ou de outros organismos, introduzidos por acção do homem.


Habitualmente o primeiro episódio de hemorragia ocorre antes dos 18 meses de idade e, em geral, depois de uma ferida ou de uma lesão menor. A criança com hemofilia tem tendência a apresentar hematomas (contusões). Mesmo uma injecção intramuscular é capaz de originar uma hemorragia que forma um hematoma considerável. A hemorragia recorrente nas articulações e nos músculos pode causar deformações incapacitantes. A hemorragia na base da língua pode originar um inchaço que provoque a obstrução das vias respiratórias, criando dificuldades para respirar. Um ligeiro golpe na cabeça pode produzir uma importante hemorragia dentro da cabeça e, por conseguinte, lesão cerebral e morte.


'''Objectivos
'''


Diagnóstico: O médico pode suspeitar da existência de hemofilia numa criança com uma perda de sangue inusitada. A análise de sangue determinará se a coagulação é anormalmente lenta. Se assim for, o médico poderá confirmar o diagnóstico de hemofilia e determinar o seu tipo e gravidade por meio da análise da actividade dos factores VIII e IX.
Para pôr em prática a técnica de engenharia genética, têm que se efectuar diversos passos:
1. Identificar o gene a transferir
2. Introduzir o gene
3. Obter a expressão desse gene


'''Estratégias'''


Tratamento: As pessoas que sofrem de hemofilia devem evitar situações que podem provocar hemorragias. Devem ser muito cuidadosas com os dentes, para evitar as extracções. Se aqueles que sofrem de formas mais leves de hemofilia têm de se submeter a extracções de dentes ou a outro tipo de cirurgia, pode-se prescrever desmopressina para melhorar a coagulação de forma temporária e evitar as transfusões. As pessoas com hemofilia devem evitar o uso de certos medicamentos (aspirina, heparina, acenocumarol, varfarina e alguns analgésicos, como os anti-inflamatórios não esteróides), já que estes podem agravar os problemas hemorrágicos.  
1.


Habitualmente, o tratamento inclui transfusões, a fim de reconstituir o factor coagulante deficiente. Estes factores encontram-se no plasma e, em maior grau, em concentrados de plasma. Alguns concentrados de plasma podem ser administrados no próprio domicílio pela própria pessoa, tanto de forma regular, a fim de prevenir hemorragias, como perante o primeiro sinal de sangue. Na maior parte dos casos administra-se três vezes por dia, mas a dose e a frequência dependem da gravidade do problema hemorrágico. Estas doses são reguladas de acordo com os resultados que são obtidos nas análises periódicas de sangue. Durante uma hemorragia, exige-se maior quantidade de factores coagulantes e o tratamento deve ser supervisionado por um especialista na doença.
2.
Escolha do plasmídeo:


No passado, os concentrados de plasma podiam transmitir doenças tais como hepatite e SIDA. Aproximadamente 60 % dos doentes com hemofilia tratados com concentrados de plasma no princípio da década de 80 foram infectados com o VIH. Contudo, o risco de transmitir a infecção por VIH num concentrado de plasma foi eliminado por meio do controlo e processamento sistemático do sangue e pelo desenvolvimento de um factor VIII obtido por engenharia genética.


Algumas pessoas com hemofilia criam anticorpos contra os factores VIII e IX recebidos por transfusão. Por conseguinte, as transfusões não são eficazes. Se forem detectados anticorpos nas amostras de sangue, a dose de concentrados de plasma deve ser aumentada ou então podem usar-se diversos factores da coagulação ou medicamentos para reduzir os valores dos anticorpos.
A transferência de DNA mediada por Agrobacterium pode ser esquematizada nos seguintes passos:
1. Retirar o T-DNA a uma estirpe de Agrobacterium que tenha Ti-plasmídeo 
2. Introduzir T-DNA com o(s) gene(s) que os cientistas querem transferir para a planta, no qual se inclui um gene marcador (figura 5.5.).
3. Por em cultura conjuntamente a bactéria com pedaços de planta (raízes, caules, folhas, …) e permitir que haja infecção;
4. Regenerar a planta a partir de células transformadas com eliminação das não transformadas através de antibióticos (se o marcador utilizado for um gene de resistência a antibiótico, o cultivo num meio com o antibiótico elimina todos os organismos não transformados, ou seja, todos aqueles que não contenham o gene de resistência).
5. Como genes marcadores utiliza-se, mais frequentemente, i) o gene neomicina fosfotransferase, que confere resistência à canamicina e antibióticos relacionados e ii) o beta-glucoronidase (GUS), cuja actividade consiste em decompor uma série de substratos do grupo da beta-glucoronase, o resultado pode ser facilmente medido por diversos métodos, fluorométricos, espectrofotométricos e histoquímicos.
6. A primeira fase envolve manipulação molecular de DNA. Os genes existentes no Ti plasmídeo são removidos e substituídos pelos genes a introduzir na planta e que ocorrem numa sequência contínua de DNA. O Ti é removido através de enzimas de restrição apropriadas para cada extremidade, que são, também, utilizadas nas extremidades do troço de DNA que se quer introduzir. Esse pedaço de DNA conterá dois tipos de genes, os genes responsáveis pela característica que se pretende introduzir e um gene marcador. A ligação entre o pedaço de DNA a introduzir e o DNA do plasmídeo é realizada por ligases. Obtêm-se assim um plasmídeo com DNA recombinado. Seguidamente este plasmídeo deve ser reintroduzido numa estirpe de Agrobacterium adequada. Numa fase posterior a bactéria é cultivada juntamente com material vegetal, permitindo o processo de infecção usual

Revision as of 07:46, 31 May 2010

Projecto de investigação:

1.Introdução 2.Objectivos 3.Estratégias


Nome do Projecto: Criado por: Filipa Lucas, Licenciatura em Ciências da Saúde Data: Maio de 2010

Introdução:

A transformação genética apoia-se na tecnologia do DNA recombinante que consiste na tecnologia de corte e costura de ácidos nucleicos utilizando enzimas de restrição e ligases. A obtenção de células modificadas faz-se através da incorporação e expressão de genes de um modo estável nas células-alvo. As enzimas de restrição são ferramentas base na tecnologia do DNA recombinante. A engenharia genética de plantas pressupõe i) a transformação genética e ii) a existência de um sistema de regeneração in vitro da célula modificada para obtenção de uma nova planta.

A engenharia genética, que visa contribuir para o aumento da diversidade genética, mas de um modo muito dirigido, envolve a transferência de genes previamente seleccionados de um organismo para outro.

O conhecimento deste processo levou os melhoradores a tirarem partido dele, dando origem à tecnologia mais frequente para a obtenção de plantas transgénicas, ou organismos geneticamente modificados (OGMs).

Plantas transgénicas são as plantas que contêm genes de outras plantas ou de outros organismos, introduzidos por acção do homem.


Objectivos

Para pôr em prática a técnica de engenharia genética, têm que se efectuar diversos passos: 1. Identificar o gene a transferir 2. Introduzir o gene 3. Obter a expressão desse gene

Estratégias

1.

2. Escolha do plasmídeo:


A transferência de DNA mediada por Agrobacterium pode ser esquematizada nos seguintes passos: 1. Retirar o T-DNA a uma estirpe de Agrobacterium que tenha Ti-plasmídeo 2. Introduzir T-DNA com o(s) gene(s) que os cientistas querem transferir para a planta, no qual se inclui um gene marcador (figura 5.5.). 3. Por em cultura conjuntamente a bactéria com pedaços de planta (raízes, caules, folhas, …) e permitir que haja infecção; 4. Regenerar a planta a partir de células transformadas com eliminação das não transformadas através de antibióticos (se o marcador utilizado for um gene de resistência a antibiótico, o cultivo num meio com o antibiótico elimina todos os organismos não transformados, ou seja, todos aqueles que não contenham o gene de resistência). 5. Como genes marcadores utiliza-se, mais frequentemente, i) o gene neomicina fosfotransferase, que confere resistência à canamicina e antibióticos relacionados e ii) o beta-glucoronidase (GUS), cuja actividade consiste em decompor uma série de substratos do grupo da beta-glucoronase, o resultado pode ser facilmente medido por diversos métodos, fluorométricos, espectrofotométricos e histoquímicos. 6. A primeira fase envolve manipulação molecular de DNA. Os genes existentes no Ti plasmídeo são removidos e substituídos pelos genes a introduzir na planta e que ocorrem numa sequência contínua de DNA. O Ti é removido através de enzimas de restrição apropriadas para cada extremidade, que são, também, utilizadas nas extremidades do troço de DNA que se quer introduzir. Esse pedaço de DNA conterá dois tipos de genes, os genes responsáveis pela característica que se pretende introduzir e um gene marcador. A ligação entre o pedaço de DNA a introduzir e o DNA do plasmídeo é realizada por ligases. Obtêm-se assim um plasmídeo com DNA recombinado. Seguidamente este plasmídeo deve ser reintroduzido numa estirpe de Agrobacterium adequada. Numa fase posterior a bactéria é cultivada juntamente com material vegetal, permitindo o processo de infecção usual